Sua Empresa Está PERDENDO DINHEIRO Agora Mesmo? Descubra os Gargalos Ocultos Que Estão Te Freando!
Empresas estão perdendo dinheiro sem perceber. Descubra os gargalos ocultos que drenam lucros, desperdiçam clientes e sabotam seu crescimento. Aprenda como transformar suporte em vendas, reter mais e crescer com o que já tem, sem investir um real a mais.
João Carlos Monteiro
6 de out. de 2025

Sua Empresa de Sucesso Está Silenciosamente Perdendo Milhões
Uma empresa de software crescia 20% ao ano. Faturamento de R$ 3,5 milhões. Time engajado. Produto reconhecido. O dono me ligou porque queria “dar o próximo salto”. Ele achava que não tinha problemas.
Quando fui analisar os dados, encontrei algo alarmante: a empresa estava perdendo R$ 1,2 milhão por ano com upgrades que nunca foram vendidos. 73% dos clientes usavam apenas 30% das funcionalidades do sistema. A equipe de Customer Success achava isso “normal”.
Eles tinham módulos premium que resolviam exatamente o que os clientes mais reclamavam nos chamados de suporte, mas ninguém oferecia esses módulos aos clientes existentes. Todo o foco estava em adquirir novos clientes.
Um cliente ligava reclamando de relatórios lentos. O suporte criava um “jeitinho” temporário. Enquanto isso, existia um módulo de BI que resolvia o problema em dois cliques, por R$ 300/mês.
Criamos um processo simples: todo chamado de suporte se tornava oportunidade de upsell. Treinamos a equipe para identificar necessidades não atendidas e conectar com vendas.
Em 8 meses, o faturamento saltou de R$ 3,5 milhões para R$ 5,2 milhões.
Sem conquistar um único cliente novo.
O dono me disse que foi a descoberta mais cara da vida dele:
“48% de crescimento estavam debaixo do meu nariz há 5 anos.”
O Perigoso Mito do Crescimento
O Brasil tem uma cultura tóxica de “crescimento mascarado”. Empresas comemoram aumento de receita sem fazer as perguntas difíceis:
A que custo? Com que margem? Com que sustentabilidade?
Aquela software house crescia errado: volume sem eficiência.
Comemorava cada cliente novo como vitória, ignorando o valor real de cada cliente ao longo do tempo.
Era como tentar encher um balde furado jogando mais água, em vez de tapar os buracos.
A alocação de recursos revelava tudo:
15 pessoas em vendas, caçando novos clientes.
Apenas 2 em Customer Success, cuidando dos atuais.
A proporção estava completamente invertida.
Ao analisar mais fundo, descobri que o custo de aquisição de clientes aumentou 340% em três anos.
O ticket médio cresceu apenas 15%.
Eles estavam “comprando” crescimento a preços cada vez mais altos.
Pesquisas mostram que adquirir um novo cliente custa de 5 a 25 vezes mais do que reter um cliente atual.
Mesmo assim, em uma pesquisa com milhares de executivos de SaaS, 7 em cada 10 disseram que, se tivessem que focar em um único ponto do negócio, continuariam priorizando novos clientes.
Crescimento real é entediantemente eficiente.
Não dá “post de LinkedIn”.
É processo, cuidado, consistência. É extrair valor do que já existe.
Você não posta:
“Hoje melhoramos nosso upsell em 12%.”
Mas é exatamente isso que separa empresas sustentáveis de fogos de artifício empresariais.
O Teste Que Revela Tudo
Tenho um indicador infalível: o “teste dos últimos 5 cancelamentos.”
Primeira coisa que peço: um relatório dos últimos 5 clientes que cancelaram ou não renovaram.
Não quero só o motivo. Quero o histórico completo.
Quanto pagavam. Há quanto tempo eram clientes. Quantas vezes ligaram pro suporte. Se fizeram algum upgrade.
Em 95% das empresas que deixam dinheiro na mesa, descubro que os clientes cancelaram ainda no plano básico, nunca fizeram upgrade, mesmo reclamando das limitações.
Tinham feito 8 a 12 chamadas de suporte nos últimos 6 meses.
Cada uma era uma oportunidade de venda perdida.
Tempo médio de contrato: 18 meses ou mais.
Confiavam na empresa, mas ninguém ofereceu evolução.
O sinal mais brutal? Quando vejo um cliente cancelar reclamando da “falta da funcionalidade X”, sendo que ela existia no plano premium que ele nunca soube que existia.
Um caso marcante: 4 dos 5 últimos cancelamentos eram clientes pagando R$ 300/mês pelo plano básico e reclamando de relatórios limitados.
O plano premium, de R$ 680/mês, resolvia exatamente isso.
Fizeram as contas: perda de R$ 54 mil/ano só com esses 4 clientes.
Matemática pura: se um cliente está há mais de 1 ano no plano básico e liga mais de 2 vezes por trimestre para o suporte, você tem um “cliente premium disfarçado de básico.”
Esse teste revela em 1 hora se a empresa está “pescando no oceano” enquanto ignora o aquário cheio de peixes no quintal.
A Psicologia da Cegueira
Chamo isso de “síndrome do caçador viciado.”
Após 30 anos observando empreendedores, descobri que existe um vício psicológico real pela conquista.
Cliente novo é dopamina pura. Drama, vitória, adrenalina.
Cuidar dos clientes atuais é formiguinha.
Não dá aquela sensação de “vitória” que alimenta o ego.
Um exemplo brutal: um cliente meu gastava R$ 40 mil/mês em marketing digital para captar leads.
Quando sugeri investir R$ 5 mil/mês em alguém para fazer upsell nos clientes atuais, ele disse:
“Isso é muito operacional, não é estratégico.”
Existe status social em ‘crescer a base de clientes’.
Empresários adoram dizer: “Captamos 200 clientes este mês!”
Mas ninguém posta: “Fizemos 47 upsells esta semana.”
E há o medo do ‘não’.
Quando um cliente novo diz “não”, é neutro, você nem o conhecia.
Mas ouvir “não” de quem já é cliente dói mais.
Parece rejeição pessoal.
Muitos empreendedores confundem movimento com progresso.
Reuniões, networking, campanhas novas. Tudo parece produtivo.
Enquanto ligar para um cliente atual soa “pequeno”.
É orgulho misturado com preguiça emocional.
Porque conquistar novos clientes é um jogo que eles já dominam.
Mas maximizar os atuais exige humildade, admitir que não conhecem seus clientes tão bem quanto acham.
Os dados confirmam: upselling é 68% mais barato do que adquirir novos clientes,
mas 37% dos vendedores evitam completamente upsell ou cross-sell.
A Transformação
Quando finalmente quebram essa resistência, a reação é sempre a mesma: euforia misturada com raiva de si mesmo.
Lembro de um caso: dono de uma software house implementou um “programa de upsell” meio contrariado.
Em 30 dias, fez R$ 87 mil em upgrades, com apenas 2 horas de ligações.
A primeira coisa que ele me disse foi:
“João, me sinto um idiota. Passei 3 anos queimando R$ 25 mil por mês em Google Ads pra conseguir o que fiz com 8 ligações.”
Mas o que muda de verdade é a autoestima empresarial.
Ele percebe que o negócio é muito mais sólido do que imaginava.
Cliente que faz upgrade já te conhece, confia e sabe que você entrega.
É crescimento com alicerce, não com areia.
A segunda mudança é na forma de ver o cliente. Antes, via como custo (suporte, atendimento). Depois, passa a ver como ativo não explorado.
Um cliente me disse uma frase que nunca esqueci:
“Descobri que não sou empreendedor, sou minerador. E estava gastando toda minha energia procurando ouro em outro terreno, enquanto tinha uma mina gigante no meu quintal.”
O Perfil Que Não Tem Salvação
Existe um perfil que aprendi a identificar logo na primeira conversa, e hoje recuso: o empreendedor apostador.
Trata o negócio como cassino.
Sempre na próxima grande jogada:
“João, esquece cliente atual, estou fechando um contrato de R$ 500 mil!” ou “Vou lançar um produto revolucionário que vai mudar tudo!”
Um caso marcante: dono de uma empresa de automação industrial.
Todo mês aparecia uma “oportunidade única”.
Licitação milionária, parceria internacional, cliente âncora…
Tentei durante 4 meses convencê-lo a estruturar upsell com os 47 clientes que já tinha.
Mas ele sempre desviava:
“Isso é pequeno, João. Meu negócio é pensar grande!”
Resultado?
Perdeu 3 grandes clientes enquanto corria atrás de fantasias.
Quando quis mudar, já era tarde.
Não tinha mais base sólida.
O problema não era competência.
Esses perfis são geralmente inteligentes, mas viciados em adrenalina.
Precisam do “grande golpe de sorte” pra se sentirem empreendedores.
Pra eles, cuidar de clientes é coisa de “lojista de bairro.”
Eles se veem como “visionários”.
Identifico em 10 minutos:
Falam com tédio sobre clientes atuais, mas brilham os olhos quando o assunto é ‘estratégia de crescimento’.
São 5% dos empreendedores, mas consomem 80% da energia de um consultor.
Prefiro trabalhar com quem quer construir impérios sólidos, não com quem quer ganhar na loteria.
A Crise Como Soro da Verdade
A instabilidade econômica atual está criando dois extremos bem claros.
De um lado, empreendedores que acordaram com a crise.
Mais receptivos.
Quando o dinheiro aperta, param de romantizar e passam a enxergar matemática pura.
Clientes atuais viram ouro: receita mais barata, rápida e previsível.
Tenho 3 clientes que me procuraram depois de cortar 40% do orçamento de marketing.
A frase mais ouvida:
“João, preciso fazer mais com menos.”
Esses estão abraçando o upsell com uma fome que nunca vi.
Do outro lado, os apostadores ficaram ainda mais desesperados.
Como jogador viciado que perde no pôquer: em vez de sair da mesa, aumenta a aposta.
Semana passada recusei um projeto assim:
O empresário tinha perdido 30% do faturamento, mas queria gastar R$ 80 mil em uma “expansão nacional revolucionária”.
Quando sugeri focar nos clientes atuais, respondeu:
“Não tenho tempo pra isso, preciso de resultado grande agora.”
A economia instável está fazendo uma seleção natural brutal.
Os construtores estão fortalecendo as bases.
Os apostadores estão cavando o próprio buraco.
E o mais impressionante:
Empreendedores que antes achavam que upsell de R$ 500 era “pequeno” agora estão oferecendo upgrades de R$ 200 e agradecendo por cada “sim”.
A crise tem esse benefício:
mata o ego e revela quem quer sobreviver, e quem só quer parecer grande.
Onde Seu Setor Está Sangrando
O setor mais cego é o de software e tecnologia.
Ironicamente, o que mais fala em ser “data-driven”.
Medem tudo, menos o que importa: comportamento do usuário.
Um cliente de ERP descobriu algo brutal:
60% dos usuários só usavam o módulo básico, mesmo pagando por 4 módulos adicionais.
Quando perguntei por quê, a resposta foi:
“Ah, o contador nem sabe que eles existem.”
R$ 180 mil por ano jogados fora por falta de onboarding.
Na indústria, o gargalo é outro: venda técnica demais.
O vendedor passa 3 semanas explicando especificações pra um cliente que já estava 90% convencido na primeira reunião.
Em um caso, descobri que 40% das vendas perdidas eram por “overengineering”: o cliente queria uma solução de R$ 50 mil, e recebia uma proposta de R$ 200 mil cheia de funções que ele nunca pediu.
No B2B genérico, o problema é o mais caro de todos: tratam clientes recorrentes e ocasionais do mesmo jeito.
Resultado:
Um cliente fiel há 5 anos recebe o mesmo tratamento que um novo.
Software é cego para o uso.
Indústria é cega para a simplicidade.
B2B é cego para o relacionamento.
O ponto comum?
Todos acham que entendem o cliente, mas nunca perguntaram o que ele realmente quer.
O Diagnóstico Que Você Pode Fazer Hoje
Pegue agora os últimos 5 cancelamentos.
Veja o histórico completo.
Quanto tempo eram clientes? Qual plano usavam? Quantos chamados abriram? Fizeram algum upgrade?
Se ficaram mais de 12 meses no plano básico e ligaram com frequência, há um vazamento de receita.
Agora olhe sua base atual:
Quantos estão há mais de 1 ano sem upgrade?
Quantos abrem tickets regularmente?
Cada um deles é um cliente premium disfarçado de básico.
A matemática é simples:
Se apenas 1 a cada 26 clientes insatisfeitos reclama antes de cancelar, cada chamado de suporte representa 25 outros clientes sentindo a mesma dor — em silêncio.
Isso não é problema de suporte.
É inventário de oportunidades.
Antes de gastar mais um real em aquisição, esgote o potencial de quem já confia em você.
A mina de ouro está no seu quintal. Pare de cavar em outro terreno.
Leia mais

Por Que Vender Mais Não Significa Ganhar Mais? Identifique os Gargalos Que Estão Destruindo o Seu Lucro
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João Carlos Monteiro
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Uma empresa de software crescia 20% ao ano. Faturamento de R$ 3,5 milhões. Time engajado. Produto reconhecido. O dono me ligou porque queria “dar o próximo salto”. Ele achava que não tinha problemas.
Quando fui analisar os dados, encontrei algo alarmante: a empresa estava perdendo R$ 1,2 milhão por ano com upgrades que nunca foram vendidos. 73% dos clientes usavam apenas 30% das funcionalidades do sistema. A equipe de Customer Success achava isso “normal”.
Eles tinham módulos premium que resolviam exatamente o que os clientes mais reclamavam nos chamados de suporte, mas ninguém oferecia esses módulos aos clientes existentes. Todo o foco estava em adquirir novos clientes.
Um cliente ligava reclamando de relatórios lentos. O suporte criava um “jeitinho” temporário. Enquanto isso, existia um módulo de BI que resolvia o problema em dois cliques, por R$ 300/mês.
Criamos um processo simples: todo chamado de suporte se tornava oportunidade de upsell. Treinamos a equipe para identificar necessidades não atendidas e conectar com vendas.
Em 8 meses, o faturamento saltou de R$ 3,5 milhões para R$ 5,2 milhões.
Sem conquistar um único cliente novo.
O dono me disse que foi a descoberta mais cara da vida dele:
“48% de crescimento estavam debaixo do meu nariz há 5 anos.”
O Perigoso Mito do Crescimento
O Brasil tem uma cultura tóxica de “crescimento mascarado”. Empresas comemoram aumento de receita sem fazer as perguntas difíceis:
A que custo? Com que margem? Com que sustentabilidade?
Aquela software house crescia errado: volume sem eficiência.
Comemorava cada cliente novo como vitória, ignorando o valor real de cada cliente ao longo do tempo.
Era como tentar encher um balde furado jogando mais água, em vez de tapar os buracos.
A alocação de recursos revelava tudo:
15 pessoas em vendas, caçando novos clientes.
Apenas 2 em Customer Success, cuidando dos atuais.
A proporção estava completamente invertida.
Ao analisar mais fundo, descobri que o custo de aquisição de clientes aumentou 340% em três anos.
O ticket médio cresceu apenas 15%.
Eles estavam “comprando” crescimento a preços cada vez mais altos.
Pesquisas mostram que adquirir um novo cliente custa de 5 a 25 vezes mais do que reter um cliente atual.
Mesmo assim, em uma pesquisa com milhares de executivos de SaaS, 7 em cada 10 disseram que, se tivessem que focar em um único ponto do negócio, continuariam priorizando novos clientes.
Crescimento real é entediantemente eficiente.
Não dá “post de LinkedIn”.
É processo, cuidado, consistência. É extrair valor do que já existe.
Você não posta:
“Hoje melhoramos nosso upsell em 12%.”
Mas é exatamente isso que separa empresas sustentáveis de fogos de artifício empresariais.
O Teste Que Revela Tudo
Tenho um indicador infalível: o “teste dos últimos 5 cancelamentos.”
Primeira coisa que peço: um relatório dos últimos 5 clientes que cancelaram ou não renovaram.
Não quero só o motivo. Quero o histórico completo.
Quanto pagavam. Há quanto tempo eram clientes. Quantas vezes ligaram pro suporte. Se fizeram algum upgrade.
Em 95% das empresas que deixam dinheiro na mesa, descubro que os clientes cancelaram ainda no plano básico, nunca fizeram upgrade, mesmo reclamando das limitações.
Tinham feito 8 a 12 chamadas de suporte nos últimos 6 meses.
Cada uma era uma oportunidade de venda perdida.
Tempo médio de contrato: 18 meses ou mais.
Confiavam na empresa, mas ninguém ofereceu evolução.
O sinal mais brutal? Quando vejo um cliente cancelar reclamando da “falta da funcionalidade X”, sendo que ela existia no plano premium que ele nunca soube que existia.
Um caso marcante: 4 dos 5 últimos cancelamentos eram clientes pagando R$ 300/mês pelo plano básico e reclamando de relatórios limitados.
O plano premium, de R$ 680/mês, resolvia exatamente isso.
Fizeram as contas: perda de R$ 54 mil/ano só com esses 4 clientes.
Matemática pura: se um cliente está há mais de 1 ano no plano básico e liga mais de 2 vezes por trimestre para o suporte, você tem um “cliente premium disfarçado de básico.”
Esse teste revela em 1 hora se a empresa está “pescando no oceano” enquanto ignora o aquário cheio de peixes no quintal.
A Psicologia da Cegueira
Chamo isso de “síndrome do caçador viciado.”
Após 30 anos observando empreendedores, descobri que existe um vício psicológico real pela conquista.
Cliente novo é dopamina pura. Drama, vitória, adrenalina.
Cuidar dos clientes atuais é formiguinha.
Não dá aquela sensação de “vitória” que alimenta o ego.
Um exemplo brutal: um cliente meu gastava R$ 40 mil/mês em marketing digital para captar leads.
Quando sugeri investir R$ 5 mil/mês em alguém para fazer upsell nos clientes atuais, ele disse:
“Isso é muito operacional, não é estratégico.”
Existe status social em ‘crescer a base de clientes’.
Empresários adoram dizer: “Captamos 200 clientes este mês!”
Mas ninguém posta: “Fizemos 47 upsells esta semana.”
E há o medo do ‘não’.
Quando um cliente novo diz “não”, é neutro, você nem o conhecia.
Mas ouvir “não” de quem já é cliente dói mais.
Parece rejeição pessoal.
Muitos empreendedores confundem movimento com progresso.
Reuniões, networking, campanhas novas. Tudo parece produtivo.
Enquanto ligar para um cliente atual soa “pequeno”.
É orgulho misturado com preguiça emocional.
Porque conquistar novos clientes é um jogo que eles já dominam.
Mas maximizar os atuais exige humildade, admitir que não conhecem seus clientes tão bem quanto acham.
Os dados confirmam: upselling é 68% mais barato do que adquirir novos clientes,
mas 37% dos vendedores evitam completamente upsell ou cross-sell.
A Transformação
Quando finalmente quebram essa resistência, a reação é sempre a mesma: euforia misturada com raiva de si mesmo.
Lembro de um caso: dono de uma software house implementou um “programa de upsell” meio contrariado.
Em 30 dias, fez R$ 87 mil em upgrades, com apenas 2 horas de ligações.
A primeira coisa que ele me disse foi:
“João, me sinto um idiota. Passei 3 anos queimando R$ 25 mil por mês em Google Ads pra conseguir o que fiz com 8 ligações.”
Mas o que muda de verdade é a autoestima empresarial.
Ele percebe que o negócio é muito mais sólido do que imaginava.
Cliente que faz upgrade já te conhece, confia e sabe que você entrega.
É crescimento com alicerce, não com areia.
A segunda mudança é na forma de ver o cliente. Antes, via como custo (suporte, atendimento). Depois, passa a ver como ativo não explorado.
Um cliente me disse uma frase que nunca esqueci:
“Descobri que não sou empreendedor, sou minerador. E estava gastando toda minha energia procurando ouro em outro terreno, enquanto tinha uma mina gigante no meu quintal.”
O Perfil Que Não Tem Salvação
Existe um perfil que aprendi a identificar logo na primeira conversa, e hoje recuso: o empreendedor apostador.
Trata o negócio como cassino.
Sempre na próxima grande jogada:
“João, esquece cliente atual, estou fechando um contrato de R$ 500 mil!” ou “Vou lançar um produto revolucionário que vai mudar tudo!”
Um caso marcante: dono de uma empresa de automação industrial.
Todo mês aparecia uma “oportunidade única”.
Licitação milionária, parceria internacional, cliente âncora…
Tentei durante 4 meses convencê-lo a estruturar upsell com os 47 clientes que já tinha.
Mas ele sempre desviava:
“Isso é pequeno, João. Meu negócio é pensar grande!”
Resultado?
Perdeu 3 grandes clientes enquanto corria atrás de fantasias.
Quando quis mudar, já era tarde.
Não tinha mais base sólida.
O problema não era competência.
Esses perfis são geralmente inteligentes, mas viciados em adrenalina.
Precisam do “grande golpe de sorte” pra se sentirem empreendedores.
Pra eles, cuidar de clientes é coisa de “lojista de bairro.”
Eles se veem como “visionários”.
Identifico em 10 minutos:
Falam com tédio sobre clientes atuais, mas brilham os olhos quando o assunto é ‘estratégia de crescimento’.
São 5% dos empreendedores, mas consomem 80% da energia de um consultor.
Prefiro trabalhar com quem quer construir impérios sólidos, não com quem quer ganhar na loteria.
A Crise Como Soro da Verdade
A instabilidade econômica atual está criando dois extremos bem claros.
De um lado, empreendedores que acordaram com a crise.
Mais receptivos.
Quando o dinheiro aperta, param de romantizar e passam a enxergar matemática pura.
Clientes atuais viram ouro: receita mais barata, rápida e previsível.
Tenho 3 clientes que me procuraram depois de cortar 40% do orçamento de marketing.
A frase mais ouvida:
“João, preciso fazer mais com menos.”
Esses estão abraçando o upsell com uma fome que nunca vi.
Do outro lado, os apostadores ficaram ainda mais desesperados.
Como jogador viciado que perde no pôquer: em vez de sair da mesa, aumenta a aposta.
Semana passada recusei um projeto assim:
O empresário tinha perdido 30% do faturamento, mas queria gastar R$ 80 mil em uma “expansão nacional revolucionária”.
Quando sugeri focar nos clientes atuais, respondeu:
“Não tenho tempo pra isso, preciso de resultado grande agora.”
A economia instável está fazendo uma seleção natural brutal.
Os construtores estão fortalecendo as bases.
Os apostadores estão cavando o próprio buraco.
E o mais impressionante:
Empreendedores que antes achavam que upsell de R$ 500 era “pequeno” agora estão oferecendo upgrades de R$ 200 e agradecendo por cada “sim”.
A crise tem esse benefício:
mata o ego e revela quem quer sobreviver, e quem só quer parecer grande.
Onde Seu Setor Está Sangrando
O setor mais cego é o de software e tecnologia.
Ironicamente, o que mais fala em ser “data-driven”.
Medem tudo, menos o que importa: comportamento do usuário.
Um cliente de ERP descobriu algo brutal:
60% dos usuários só usavam o módulo básico, mesmo pagando por 4 módulos adicionais.
Quando perguntei por quê, a resposta foi:
“Ah, o contador nem sabe que eles existem.”
R$ 180 mil por ano jogados fora por falta de onboarding.
Na indústria, o gargalo é outro: venda técnica demais.
O vendedor passa 3 semanas explicando especificações pra um cliente que já estava 90% convencido na primeira reunião.
Em um caso, descobri que 40% das vendas perdidas eram por “overengineering”: o cliente queria uma solução de R$ 50 mil, e recebia uma proposta de R$ 200 mil cheia de funções que ele nunca pediu.
No B2B genérico, o problema é o mais caro de todos: tratam clientes recorrentes e ocasionais do mesmo jeito.
Resultado:
Um cliente fiel há 5 anos recebe o mesmo tratamento que um novo.
Software é cego para o uso.
Indústria é cega para a simplicidade.
B2B é cego para o relacionamento.
O ponto comum?
Todos acham que entendem o cliente, mas nunca perguntaram o que ele realmente quer.
O Diagnóstico Que Você Pode Fazer Hoje
Pegue agora os últimos 5 cancelamentos.
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Quanto tempo eram clientes? Qual plano usavam? Quantos chamados abriram? Fizeram algum upgrade?
Se ficaram mais de 12 meses no plano básico e ligaram com frequência, há um vazamento de receita.
Agora olhe sua base atual:
Quantos estão há mais de 1 ano sem upgrade?
Quantos abrem tickets regularmente?
Cada um deles é um cliente premium disfarçado de básico.
A matemática é simples:
Se apenas 1 a cada 26 clientes insatisfeitos reclama antes de cancelar, cada chamado de suporte representa 25 outros clientes sentindo a mesma dor — em silêncio.
Isso não é problema de suporte.
É inventário de oportunidades.
Antes de gastar mais um real em aquisição, esgote o potencial de quem já confia em você.
A mina de ouro está no seu quintal. Pare de cavar em outro terreno.
Leia mais

Por Que Vender Mais Não Significa Ganhar Mais? Identifique os Gargalos Que Estão Destruindo o Seu Lucro
Descubra por que vender mais não significa lucrar mais. Entenda como gargalos operacionais, complexidade oculta e processos ineficientes corroem margens e impedem o crescimento sustentável do seu negócio.
João Carlos Monteiro
4 de dez. de 2025

5 Sinais de Que Sua Empresa Está Crescendo ERRADO (E Como Fazer o Diagnóstico Antes Que Seja Tarde)
Descubra os sinais de que sua empresa está crescendo do jeito errado, como identificar clientes que drenam tempo e lucro, evitar métricas ilusórias e recuperar controle, lucro e qualidade de vida antes que o caos destrua seu negócio.
João Carlos Monteiro
2 de dez. de 2025

Saia do Caos e Crie um Plano Estratégico Para o Sucesso Empresarial
Este artigo revela por que empreendedores vivem no caos, como recuperar controle financeiro, criar foco estratégico, eliminar clientes que drenam energia e construir sistemas que garantem disciplina, lucro real e liberdade no negócio.
João Carlos Monteiro
27 de nov. de 2025
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João Carlos Monteiro
6 de out. de 2025

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Eles tinham módulos premium que resolviam exatamente o que os clientes mais reclamavam nos chamados de suporte, mas ninguém oferecia esses módulos aos clientes existentes. Todo o foco estava em adquirir novos clientes.
Um cliente ligava reclamando de relatórios lentos. O suporte criava um “jeitinho” temporário. Enquanto isso, existia um módulo de BI que resolvia o problema em dois cliques, por R$ 300/mês.
Criamos um processo simples: todo chamado de suporte se tornava oportunidade de upsell. Treinamos a equipe para identificar necessidades não atendidas e conectar com vendas.
Em 8 meses, o faturamento saltou de R$ 3,5 milhões para R$ 5,2 milhões.
Sem conquistar um único cliente novo.
O dono me disse que foi a descoberta mais cara da vida dele:
“48% de crescimento estavam debaixo do meu nariz há 5 anos.”
O Perigoso Mito do Crescimento
O Brasil tem uma cultura tóxica de “crescimento mascarado”. Empresas comemoram aumento de receita sem fazer as perguntas difíceis:
A que custo? Com que margem? Com que sustentabilidade?
Aquela software house crescia errado: volume sem eficiência.
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Era como tentar encher um balde furado jogando mais água, em vez de tapar os buracos.
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O ticket médio cresceu apenas 15%.
Eles estavam “comprando” crescimento a preços cada vez mais altos.
Pesquisas mostram que adquirir um novo cliente custa de 5 a 25 vezes mais do que reter um cliente atual.
Mesmo assim, em uma pesquisa com milhares de executivos de SaaS, 7 em cada 10 disseram que, se tivessem que focar em um único ponto do negócio, continuariam priorizando novos clientes.
Crescimento real é entediantemente eficiente.
Não dá “post de LinkedIn”.
É processo, cuidado, consistência. É extrair valor do que já existe.
Você não posta:
“Hoje melhoramos nosso upsell em 12%.”
Mas é exatamente isso que separa empresas sustentáveis de fogos de artifício empresariais.
O Teste Que Revela Tudo
Tenho um indicador infalível: o “teste dos últimos 5 cancelamentos.”
Primeira coisa que peço: um relatório dos últimos 5 clientes que cancelaram ou não renovaram.
Não quero só o motivo. Quero o histórico completo.
Quanto pagavam. Há quanto tempo eram clientes. Quantas vezes ligaram pro suporte. Se fizeram algum upgrade.
Em 95% das empresas que deixam dinheiro na mesa, descubro que os clientes cancelaram ainda no plano básico, nunca fizeram upgrade, mesmo reclamando das limitações.
Tinham feito 8 a 12 chamadas de suporte nos últimos 6 meses.
Cada uma era uma oportunidade de venda perdida.
Tempo médio de contrato: 18 meses ou mais.
Confiavam na empresa, mas ninguém ofereceu evolução.
O sinal mais brutal? Quando vejo um cliente cancelar reclamando da “falta da funcionalidade X”, sendo que ela existia no plano premium que ele nunca soube que existia.
Um caso marcante: 4 dos 5 últimos cancelamentos eram clientes pagando R$ 300/mês pelo plano básico e reclamando de relatórios limitados.
O plano premium, de R$ 680/mês, resolvia exatamente isso.
Fizeram as contas: perda de R$ 54 mil/ano só com esses 4 clientes.
Matemática pura: se um cliente está há mais de 1 ano no plano básico e liga mais de 2 vezes por trimestre para o suporte, você tem um “cliente premium disfarçado de básico.”
Esse teste revela em 1 hora se a empresa está “pescando no oceano” enquanto ignora o aquário cheio de peixes no quintal.
A Psicologia da Cegueira
Chamo isso de “síndrome do caçador viciado.”
Após 30 anos observando empreendedores, descobri que existe um vício psicológico real pela conquista.
Cliente novo é dopamina pura. Drama, vitória, adrenalina.
Cuidar dos clientes atuais é formiguinha.
Não dá aquela sensação de “vitória” que alimenta o ego.
Um exemplo brutal: um cliente meu gastava R$ 40 mil/mês em marketing digital para captar leads.
Quando sugeri investir R$ 5 mil/mês em alguém para fazer upsell nos clientes atuais, ele disse:
“Isso é muito operacional, não é estratégico.”
Existe status social em ‘crescer a base de clientes’.
Empresários adoram dizer: “Captamos 200 clientes este mês!”
Mas ninguém posta: “Fizemos 47 upsells esta semana.”
E há o medo do ‘não’.
Quando um cliente novo diz “não”, é neutro, você nem o conhecia.
Mas ouvir “não” de quem já é cliente dói mais.
Parece rejeição pessoal.
Muitos empreendedores confundem movimento com progresso.
Reuniões, networking, campanhas novas. Tudo parece produtivo.
Enquanto ligar para um cliente atual soa “pequeno”.
É orgulho misturado com preguiça emocional.
Porque conquistar novos clientes é um jogo que eles já dominam.
Mas maximizar os atuais exige humildade, admitir que não conhecem seus clientes tão bem quanto acham.
Os dados confirmam: upselling é 68% mais barato do que adquirir novos clientes,
mas 37% dos vendedores evitam completamente upsell ou cross-sell.
A Transformação
Quando finalmente quebram essa resistência, a reação é sempre a mesma: euforia misturada com raiva de si mesmo.
Lembro de um caso: dono de uma software house implementou um “programa de upsell” meio contrariado.
Em 30 dias, fez R$ 87 mil em upgrades, com apenas 2 horas de ligações.
A primeira coisa que ele me disse foi:
“João, me sinto um idiota. Passei 3 anos queimando R$ 25 mil por mês em Google Ads pra conseguir o que fiz com 8 ligações.”
Mas o que muda de verdade é a autoestima empresarial.
Ele percebe que o negócio é muito mais sólido do que imaginava.
Cliente que faz upgrade já te conhece, confia e sabe que você entrega.
É crescimento com alicerce, não com areia.
A segunda mudança é na forma de ver o cliente. Antes, via como custo (suporte, atendimento). Depois, passa a ver como ativo não explorado.
Um cliente me disse uma frase que nunca esqueci:
“Descobri que não sou empreendedor, sou minerador. E estava gastando toda minha energia procurando ouro em outro terreno, enquanto tinha uma mina gigante no meu quintal.”
O Perfil Que Não Tem Salvação
Existe um perfil que aprendi a identificar logo na primeira conversa, e hoje recuso: o empreendedor apostador.
Trata o negócio como cassino.
Sempre na próxima grande jogada:
“João, esquece cliente atual, estou fechando um contrato de R$ 500 mil!” ou “Vou lançar um produto revolucionário que vai mudar tudo!”
Um caso marcante: dono de uma empresa de automação industrial.
Todo mês aparecia uma “oportunidade única”.
Licitação milionária, parceria internacional, cliente âncora…
Tentei durante 4 meses convencê-lo a estruturar upsell com os 47 clientes que já tinha.
Mas ele sempre desviava:
“Isso é pequeno, João. Meu negócio é pensar grande!”
Resultado?
Perdeu 3 grandes clientes enquanto corria atrás de fantasias.
Quando quis mudar, já era tarde.
Não tinha mais base sólida.
O problema não era competência.
Esses perfis são geralmente inteligentes, mas viciados em adrenalina.
Precisam do “grande golpe de sorte” pra se sentirem empreendedores.
Pra eles, cuidar de clientes é coisa de “lojista de bairro.”
Eles se veem como “visionários”.
Identifico em 10 minutos:
Falam com tédio sobre clientes atuais, mas brilham os olhos quando o assunto é ‘estratégia de crescimento’.
São 5% dos empreendedores, mas consomem 80% da energia de um consultor.
Prefiro trabalhar com quem quer construir impérios sólidos, não com quem quer ganhar na loteria.
A Crise Como Soro da Verdade
A instabilidade econômica atual está criando dois extremos bem claros.
De um lado, empreendedores que acordaram com a crise.
Mais receptivos.
Quando o dinheiro aperta, param de romantizar e passam a enxergar matemática pura.
Clientes atuais viram ouro: receita mais barata, rápida e previsível.
Tenho 3 clientes que me procuraram depois de cortar 40% do orçamento de marketing.
A frase mais ouvida:
“João, preciso fazer mais com menos.”
Esses estão abraçando o upsell com uma fome que nunca vi.
Do outro lado, os apostadores ficaram ainda mais desesperados.
Como jogador viciado que perde no pôquer: em vez de sair da mesa, aumenta a aposta.
Semana passada recusei um projeto assim:
O empresário tinha perdido 30% do faturamento, mas queria gastar R$ 80 mil em uma “expansão nacional revolucionária”.
Quando sugeri focar nos clientes atuais, respondeu:
“Não tenho tempo pra isso, preciso de resultado grande agora.”
A economia instável está fazendo uma seleção natural brutal.
Os construtores estão fortalecendo as bases.
Os apostadores estão cavando o próprio buraco.
E o mais impressionante:
Empreendedores que antes achavam que upsell de R$ 500 era “pequeno” agora estão oferecendo upgrades de R$ 200 e agradecendo por cada “sim”.
A crise tem esse benefício:
mata o ego e revela quem quer sobreviver, e quem só quer parecer grande.
Onde Seu Setor Está Sangrando
O setor mais cego é o de software e tecnologia.
Ironicamente, o que mais fala em ser “data-driven”.
Medem tudo, menos o que importa: comportamento do usuário.
Um cliente de ERP descobriu algo brutal:
60% dos usuários só usavam o módulo básico, mesmo pagando por 4 módulos adicionais.
Quando perguntei por quê, a resposta foi:
“Ah, o contador nem sabe que eles existem.”
R$ 180 mil por ano jogados fora por falta de onboarding.
Na indústria, o gargalo é outro: venda técnica demais.
O vendedor passa 3 semanas explicando especificações pra um cliente que já estava 90% convencido na primeira reunião.
Em um caso, descobri que 40% das vendas perdidas eram por “overengineering”: o cliente queria uma solução de R$ 50 mil, e recebia uma proposta de R$ 200 mil cheia de funções que ele nunca pediu.
No B2B genérico, o problema é o mais caro de todos: tratam clientes recorrentes e ocasionais do mesmo jeito.
Resultado:
Um cliente fiel há 5 anos recebe o mesmo tratamento que um novo.
Software é cego para o uso.
Indústria é cega para a simplicidade.
B2B é cego para o relacionamento.
O ponto comum?
Todos acham que entendem o cliente, mas nunca perguntaram o que ele realmente quer.
O Diagnóstico Que Você Pode Fazer Hoje
Pegue agora os últimos 5 cancelamentos.
Veja o histórico completo.
Quanto tempo eram clientes? Qual plano usavam? Quantos chamados abriram? Fizeram algum upgrade?
Se ficaram mais de 12 meses no plano básico e ligaram com frequência, há um vazamento de receita.
Agora olhe sua base atual:
Quantos estão há mais de 1 ano sem upgrade?
Quantos abrem tickets regularmente?
Cada um deles é um cliente premium disfarçado de básico.
A matemática é simples:
Se apenas 1 a cada 26 clientes insatisfeitos reclama antes de cancelar, cada chamado de suporte representa 25 outros clientes sentindo a mesma dor — em silêncio.
Isso não é problema de suporte.
É inventário de oportunidades.
Antes de gastar mais um real em aquisição, esgote o potencial de quem já confia em você.
A mina de ouro está no seu quintal. Pare de cavar em outro terreno.
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